O jogo, que inicialmente surgiu como uma modificação, se tornou um divisor de águas na industria dos games. Nesta matéria você encontra os detalhes não tão conhecidos desta saga

- Introdução
- Instalação
- Dicas
Baseando-se em operações realizadas por fuzileiros navais, Minh Le começou a criar o seu primeiro mod para o Quake, intitulado Navy SEALs. Nele o jogador assume o papel de um soldado da tropa especial de fuzileiro navais dos Estados Unidos, ganhando oponentes e uma série de armas que não estavam presentes na versão original do Quake; como pistolas com mira à laser, escopetas e submetralhadoras.
O Navy SEALs já apresentava uma pequena parte das características do Counter-Strike

Imagem do Action Quake 2: Alguem mais viu uma singela semelhança com o mapa cs_assault ou a poderosa Colt?
E nasce o grande clássico
O tempo passou e já no quarto ano do curso de Ciências
da Computação, Le começou a editar conteúdo para o recém lançado
Half-Life, cujo motor de construção possuia muitas semelhanças com os do
Quake e Quake 2. Neste período o desenvolvedor conheceu Jess Cliffe,
iniciando finalmente a construção do mod que se tornaria até mesmo mais
famoso do que o próprio jogo de origem, o Counter-Strike.

Minh Le à esquerda e Jess Cliffe à direita, os dois grandes responsáveis pela criação do CS
O espiríto CS aumentou até o ponto em que Le passou a se
dedicar mais ao mod do game do que ao seu curso universitário, hoje
vemos que esta foi uma ótima decisão - pelo menos para nós jogadores.
Além de trabalhar no desenvolvimento do Counter-Strike, Cliffe cedeu sua
voz para os famosos comandos de rádio que utilizamos nas partidas,
conferindo ainda mais vida para o jogo.

Muitas versões beta do jogo foram lançadas até o mundo conhecer esta quase inesquecivel tela
Depois de um intenso trabalho da equipe inicial de
desenvolvimento, em 19 de junho de 1999 é lançado primeiro beta aberto
do CS; a partir deste momento o jogo passou a ter atualizações quase
semanais e a criar sua imensa legião de fãs. Após um pouco mais de 1 ano
e 19 versões beta, que moldaram o jogo e removeram erros, foi lançada a
versão 1.0.
O ínicio da era Valve
Já a partir da quarta versão beta a Valve,
desenvolvedora do Half-Life, começou a ajudar Minh Lee no
desenvolvimento do CS, observando é claro o enorme sucesso que estaria
por vir. Em agosto de 2000, com a ajuda da Valve, a grande distribuidora
de jogos Sierra obteve autorização para comercializar o Counter-Strike
como uma extensão do Half-Life, rentabilizando aquilo que antes era
apenas um passatempo.

Ao invés de espantar jogadores, a nova forma de distribuição consolidou de vez o Counter-Strike
A distribuição por parte da Sierra era realmente aquilo
que faltava para que o CS fosse indicado como jogo do ano por centenas
de revistas ao redor do mundo. Com a verdadeira febre que criaram, Minh
Le e Jess Cliffe foram contratados pela própria Valve para dar
continuidade no desenvolvimento do Counter-Strike e de um possível
sucessor, o Counter-Strike 2, que acabou sendo descontinuado.
Vídeo feito por fãs demonstrando boas jogadas no CS 1.6
Um jogo cada vez mais profissional
Embalada pela a febre do Counter-Strike e o alto preço cobrado pela Internet banda larga, que continua até hoje, ocorreu a explosão de criação das LAN houses no Brasil
e em vários outros lugares do planeta. De repente ir até a Lan house e
desafiar amigos ou desconhecidos no CS se tornou um passatempo quase
obrigatório para os adolescentes, contagiando depois pessoas de várias
outras faixas etárias.

O sucesso do CS não só impactou a industria dos games como também abriu espaço para as LAN houses em todo o mundo

Final nacional do torneio WCG 2010, que também trouxe Counter-Strike dentre os títulos de competição
Novas versões
Em 15 de setembro de 2003 foi lançada a versão 1.6 do
Counter-Strike, a qual se mantém até os dias atuais como segundo jogo
com o maior número de usuários da plataforma Steam, também da Valve e
lançada na mesma época. Esta versão acabou desagradando bastante os
antigos jogadores pela inserção do polêmico escudo para os CTs (contra
terroristas), o qual os impede de serem baleados pela frente.

A tropa de elite do CS ganha escudos na versão 1.6 do jogo, desagradando muitos jogadores
Mesmo com todo este sucesso, faltava ainda um modo campanha para o CS,
pois até então ele podia somente ser jogado com outros jogadores ou
então com o auxilio de bots, oponentes controlados pelo computador que
simulam a ação de humanos em partidas multiplayer. A Valve vislumbrando
esta possibilidade entregou nas mãos da Rogue Entertenaiment o
desenvolvimento do Condition Zero.

O Condition Zero sofreu vários problemas e atrasos durante seu desenvolvimento
Em março de 2004, depois de passar também pelas mãos da empresa Gearbox Software, o Counter-Strike: Condition Zero foi finalmente terminado pela Turtle Rock Studios.
Nele foram aperfeiçoados os modelos e texturas do jogo original,
conferindo um melhor visual e inteligência artificial, aperfeiçoada dos
bots que surgiram na versão 1.6; para consolidar todas estas
características foram criadas dezenas de missões com objetivos
distintos.
O grande salto visual na engine Source
Mesmo com o lançamento do Condition Zero, a Valve tinha um plano ainda mais ambicioso para a franquia Counter-Strike, aproveitando-se desta vez com a avançada física do Half-Life 2 e os gráficos de fazer inveja até mesmo para alguns jogos atuais. Mesmo com toda esta qualidade, a nova versão lançada em 2004, acabou não agradando a todos os jogadores.
Cenário de_dust construído sobre a engine Source do mais novo CS
Dentre as maiores reclamações está a jogabilidade um
pouco amarrada, que acabou deixando para atrás a agilidade e os rápidos
reflexos de sua versão anterior, que acabou mantendo-se como oficial
para a maioria dos campeonatos. Pior ou não, é algo imperdivel para os
amantes do CS conferir as versões remodeladas de mapas como de_aztec,
cs_assault, de_dust2, de_inferno e tantos outros no Source.
O Counter-Strike: Source, cumpriu seu objetivo ao conquistar as novas gerações de jogadores
A polêmica do CS no Brasil
Em decisão tomada pelo juiz federal Carlos Alberto Simões de Tomaz, atuante na 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais, a venda de artigos relacionados aos jogos Counter-Strike e EverQuest passou a ser proibida em 17 de janeiro de 2008. Segundo o juiz os jogos "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública, impondo sua proibição e retirada do mercado".
O mapa criado pelo jogador Mataleone traz sons, texturas e imagens totalmente temáticos
A decisão da justiça acabou gerando manifestações na Campus Party 2008
E o futuro?
Mesmo após 13 anos de seu lançamento, Counter-Strike
ainda atrai um número considerado de jogadores nos servidores online do
game. A maioria deles está dividida nas versões 1.6 e Source.
Quando todos achavam que Counter-Strike "morreria"
aos poucos e seria jogado apenas pelos gamers saudosistas, eis que os
fãs tiveram algumas novidades em plano ano de 2012. Em agosto foi
lançado um novo game da franquia: Global Offensive.
Counter-Strike: Global Offensive mantém a essência
dos primeiros jogos, mas traz gráficos atuais e itens até então
inéditos, como o Molotov Cocktail, Decoy Granade e Zeus x27 Teaser. Além
disto, os jogadores da Coréia têm em mãos o Counter-Strike Online 2,
que é uma nova versão do Online criada com a Source Engine. Ainda não há
a previsão para a disponibilidade deste jogo em outros países.
Nas próximas matérias você encontra um breve tutorial de instalação
do Counter-Strike 1.5, mais fiel ao modelo clássico de jogo, sobre o
próprio Half-Life tradicional e também dicas e comandos para controlar
seu próprio servidor.
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