Os pais mais tradicionais e conservadores provavelmente vão discordar desse estudo, mas segundo pesquisadores da Universidade de Victoria, no Canadá, os jogos eletrônicos tendem a deixar os jovens mais éticos e com maiores noções de moral. Foram analisados jovens de 13 a 17 anos, durante o período de 5 anos e os resultados apontados mostraram elevados índices de colaboração e liderança entre eles.
Não obstante, os jovens em escopo também desenvolveram facilidade em resolver problemas e formular estratégias. Ao que tudo indica, pessoas que tem por hábito jogar games tendem a desempenhar papéis e assumir responsabilidades de acordo com os enredos desses jogos. Estas ações os conduzem a fazer escolhas, decidir entre caminhos que oscilam entre atividades benéficas e maléficas. Ao optar por um desses caminhos esses adolescentes reconhecem seus efeitos e consequências.
Entretanto, se os valores morais e éticos dos jovens que comumente gostam de videogames são maiores, vale questionar que tipo de jogos podem realmente contribuir para construção de cidadãos engajados socialmente e responsáveis diante de problemas socioculturais.
Com certeza, a grande preocupação dos pais é o teor de violência na maioria dos games que são sucesso entre os adolescentes. Até mesmo porque, atos de terrorismo como o da escola de Columbine, em 1999, foram inspirados nesse tipo de ficção. Vítimas de bullying, Eric Harris e Dylan Klebold, de 17 anos, entraram na escola fortemente armados e começaram a atirar contra todos que passavam, como no famoso game Counter Strike. O jogo foi uma verdadeira febre no final do século XX, tornando-se um dos responsáveis pela massificação dos jogos por rede, sendo considerado o grande responsável pela popularização das LAN Houses no mundo.
Desse modo, o jogo acabou caindo na desgraça dos pais amedrontados com as más influências dos games no comportamento de seus filhos. Em decorrência disso, muitos dos jogos que reproduzem atos de criminalidade ou contenciosos armados passaram a ser alvo de críticas e processos judiciais.
Será que podemos realmente confiar em jogos que estimulam a violência, reproduzem guerras e ainda por cima tendem a viciar seus participantes? Qual a sua opinião sobre o assunto?
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