
Um
guia definitivo sobre o Off-road sobre duas rodas, equipamentos para
motocross, trilha e enduro, dicas de pilotagem, informações importantes
sobre cuidados com a moto, manutenção e dicas, treinamento físico é
importante? saiba porque.. e muito, muito mais!!!
Dicas para trilhas e enduro de regularidade
Os 10 Mandamentos da Trilha
1 - Jamais corte cercas, arames ou deixar porteiras abertas;
2 - Respeitar a propriedade alheia, passando somente onde é permitido;
3 - Diminuir a velocidade ao passar por cidades, vilas, povoados etc;
4 - Não atropelar animais domésticos e silvestres;
5 - Tratar com respeito os moradores de povoados, sítios e fazendas;
6 - Respeitar as leis de trânsito;
7 - Não poluir o meio ambiente;
8 - Não recuar no primeiro obstáculo;
9 - Dar atenção aos iniciantes, ajudando e dando dicas de pilotagem;
10 - Não andar sozinho e jamais deixar alguém do grupo sozinho na trilha.
-
O QUE É ENDURO?
Primeiro temos que saber a origem do Enduro, que veio do Trail.
- O QUE É TRAIL?
O termo “trail” vêm do vocabulário inglês e significa caminho, trilha, rastro ou picada.
O
Trail surgiu no Brasil, na década de 70, quando os amigos apaixonados
por motos, carentes por um lazer alternativo para os finais de semana,
procuraram uma forma de fugir da rotina, formando um interminável ciclo
de amizades e confraternização.
A
topografia do Brasil extremamente favorável, aliada à ausência de lazer
de massa e pela limitação dos clubes campestres, tornou-se em pouco
tempo propicio a prática deste esporte.
O
Trail, comum em todo o mundo, logo tornou-se popular no Brasil,
facilitando o surgimento de amizades e intercâmbio cultural,
principalmente entre os treieiros, fazendeiros e colonos que habitam na
região rural.
- O QUE É ENDURO?
A palavra ENDURO vem do vocabulário francês e significa resistência.
Foi
criado como uma forma de competição dentro da modalidade “trail”, e, é
praticado em trilhas (caminho, picada). Estas trilhas podem ser
constituídas de estradas abandonadas ou secundárias, estradas
pavimentadas ou não.
Sendo assim,
uma competição de trail ou enduro de regularidade, associa geralmente a
resistência do piloto e da moto, ao longo das irregularidades de uma
trilha, seguindo as orientações básicas descritas em planilha (Mapa
indicando o caminho) e a média de velocidade em cada trecho da
competição, confeccionada pela organização da prova.
Vence
a prova aquele que obtiver maior regularidade nos diversos trechos do
percurso, que não pode estar adiantando e nem atrasado durante a prova.
Aferição informatizada é feita pelos Postos de Controle da prova
(PC’s).
As provas normalmente duram
algumas horas, mas podem ter longos trajetos, com duração de vários
dias, passando por diversas Cidades e Estados.
Desta forma, máquina e piloto têm que estar sempre bem preparados, em sintonia para enfrentar as dificuldades do percurso.
O
piloto que perder menos pontos (cada segundo adiantado ou atrasado
acarreta perda de pontos), é considerado o vencedor da competição.
O ENDURO surgiu do Hobby de fazer Trail.
- ENDURO DE REGULARIDADE DE MOTOS

Meio
passeio, meio competição. Assim é o ENDURO DE
REGULARIDADE, um esporte fora-de-estrada que surgiu como uma forma de
transformar os passeios de motos em competição. Estes passeios são
chamados fazer trilhas. Praticamente desde que surgiu a moto, no inicio
deste século, os motociclistas sentiram que os passeios por trilhas
cruzando, riachos, campos, morros, eram tão emocionantes (ou mais) que
andar por estradas. Assim foi criado o trail (Palavra inglesa com o
significado de trilha), o passeio fora-de-estrada, e as primeiras
competições na terra derivadas dele. Logo que as motos começaram a sair
da estrada, percebeu-se que uma das vantagens deste novo esporte era
justamente a fuga do lugar comum. No lugar do asfalto, a terra, num
contato direto com a natureza e as belezas que as cidades esmagaram.
O
termo ENDURO originalmente era utilizado no Exterior para designar a
competição em circuitos abertos, por estradinhas de terra, onde vence
aquele que fizer o percurso no menor tempo. Aqui no Brasil houve uma
variação da modalidade. Na verdade, o esporte praticado aqui seria um
rali de regularidade, onde os competidores devem obedecer a uma média
pré-estabelecida para os vários trechos do roteiro.
Vence
o ENDURO de regularidade aquele que conseguir se manter dentro
da média horária estabelecida. Durante o percurso da prova existem os
Postos de Controle (PC’s) secretos que registram a passagem e o horário
dos pilotos.
Para cada segundo de
atraso em relação ao tempo ideal corresponde 1 ponto perdido e para
cada segundo de adiantado corresponde a 3 pontos perdidos. São
tolerados alguns segundos de atraso sem perder pontos com PC. Esta
tolerância depende do regulamento da prova e por categoria do piloto.
No caso do piloto passar adiantamento essa tolerância não é permitida.
No final, vence o piloto que perder menor número de pontos. É preciso
boa dose de concentração e habilidade para manter a média. Este é o
grande desafio desse esporte.
- PREPARANDO O PILOTO
É
praticamente impossível terminar um ENDURO sem levar pelo menos um
tombo. Por mais inofensivos que pareçam podem provocar a desistência do
piloto ou tornar a pilotagem prejudicada por arranhões e luxação em
alguma parte do corpo. Um piloto completamente equipado adquire uma
maior segurança e confiança para uma pilotagem mais tranqüila.
- A segurança deve começar de cima para baixo.
Capacete: é
o componente mais importante, justamente porque protege um órgão
vital, que é a cabeça, procure comprar capacetes de materiais nobres,
com baixo peso, e de qualidade reconhecida. Os capacetes podem ser
integrais com a queixeira fixa ou abertos com a queixeira removível e
sem viseira. O endurista pode aterrissar de nariz no chão, ai! entra em
cena o componente queixeira, sendo portanto o tipo de capacete mais
indicado.
Óculos:
para acompanhar o capacete deve ser escolhido um bom par de “óculos
protetores”, que é um item importante de segurança para os olhos do
piloto, existem vários modelos, procure comprar óculos de renome, com
bom acabamentos, espumas com dupla camada e densidade diferentes,
Lentes anti-embaçantes e pinos para Tear-offs (Laminas para serem
inseridas por cima da lente, que quando sujas podem ser removidas)
Colete: descendo
mais, o endurista ou trilheiro deve proteger o tórax e os ombros com o
colete de plástico, este mostra-se útil nas capotagens e também nas
eventuais colisões com galhos de árvores ou quando a moto da frente
arremessa pedras, pela força da tração da roda traseira, principalmente
as motos especiais (importada).
Camisa: para usar sob ou sobre o colete existem as camisas ventiladas, próprias para motocross e ENDURO.
Cotoveleiras:
Os cotovelos devem ter a proteção das cotoveleiras de plástico e com
elástico largo para fixar no braço, e deve fica bem firme no cotovelo.
Luvas: As
mãos devem ser protegidas com luvas próprias de nylon e elástico
reforçadas com plástico ou couro por cima dos dedos. As luvas devem ser
resistentes e confortáveis, não podem dificultar os movimentos dos
dedos.
Cinta abdominal: Na altura da cintura, pode-se utilizar uma cinta abdominal que ajuda a manter a coluna reta e as vísceras bem firmes.
Calça: Na
parte inferior do corpo, a proteção é garantida por uma boa calça, com
reforço nos quadris, que pode ser externamente ou internamente.
Normalmente a calça é composta por duas camadas de tecido, por fora é
nylon ou tecido resistente e por dentro tecido tipo véu que é para
deslizar e não grudar nas pernas, mesmo que o piloto passe em rios ou
atoleiros.
Joelheira:
É um item indispensável justamente porque os joelhos costumam ser
alvos de sérias contusões de difícil recuperação. Existem joelheiras
especiais com barras de mentais nas laterais dos joelhos, que a função é
não deixar o joelho dobrar para os lados e limitam o movimento do
joelho para frente, evitando assim o deslocamento da rotula, procure
uma joelheira boa, não pense somente no preço, um simples acidente pode
danificar o joelho para sempre bem equipado você estara protegido.
Botas:
finalmente as botas são equipamento quase tão importante quanto o
capacete, mas que está na extremidade oposta. Os tombos em ENDURO
muitas vezes são imprevisíveis e não dá tempo para tirar o “pé da
reta”, com isso, os pés, junto com os joelhos são os recordistas de
contusões. A melhor recomendação é não economizar na hora de escolher
as botas. Uma boa bota tem proteção nas canelas, tem ponteira de metal
no bico da bota e principalmente evita que o pé sofra torções laterais.
Um detalhe: verifique a sola da bota, porque existem modelos para o
motocross, com solado liso e para o ENDURO o ideal é o solado com
ranhuras (desenhado).
E o mais
importante, jamais pilote sem qualquer um destes equipamentos,
Equipamento não é gastar dinheiro, tire isso da sua cabeça, você
investe na sua proteção, para não ter que realmente gastar com
hospitais, cirurgias ou mesmo parar de praticar o esporte.
Mesmo com toda esta proteção, convém lembrar algumas regras de segurança:
- Estes equipamentos não são armaduras e mesmo usando elas você pode se machucar, portanto não abuse;
- Você não é o único na trilha e eles podem vir no sentindo contrário;
- Não circule nas estradas de terra pela contramão e nunca ande em fila dupla, as batidas frontais são as mais graves;
- Não tente descontar o atraso em trechos urbanos, existem outros veículos e crianças brincando;
- Procure certificar-se de que a moto está em perfeitas condições antes de entrar nas trilhas;
- E finalmente, cada um tem um limite de pilotagem, portanto ande dentro do seu.
- PREPARANDO A MOTO
A moto precisa ser preparada de acordo com alguns requisitos, desde o tipo físico do piloto até a disponibilidade financeira.
Existem duas alternativas, comprar uma moto trail ou especial de enduro ou cross.
Existem duas alternativas, comprar uma moto trail ou especial de enduro ou cross.
MOTO TRAIL

Um
bom começo é iniciar com uma moto trail de uso urbano e retirar as
partes supérfluas para andar na terra, ou seja, os espelhos
retrovisores, os piscas direcionais e contagiros. Depois caso o futuro
Endurista queira manter a moto intacta, trocar tanque, laterais,
pára-lamas, carenagem, além do banco. Com isso, as peças originais da
moto podem ser guardadas para “remonta-la” depois. Os manetes originais
podem ser trocados por peças menores ou de plásticos, não é
recomendado cortar o manete original, porque aquela bolinha na ponta
serve justamente para não machucar o piloto em caso de quedas.
Os manicotos devem ficar frouxos, numa eventual queda eles iram girar sem quebrar.
Ainda
na fase de preparação, um item importante à relação secundária
coroa/pinhão. Para melhorar o rendimento da moto em subidas, esta
relação deve ser “encurtada” utilizando uma coroa maior ou um pinhão
menor (quantidade de dentes) ou as duas coisas. Para encontrar a
relação certa, só experimentando ou através de discas dos traieiros.
Outro
ponto importante é o respiro do motor que deve ser colocado numa
posição mais alta para que a água, principalmente dos rios, não atinja
com facilidade o óleo do motor.
Os
pneus biscoitos (cross) são indispensáveis para um rendimento adequado
na terra e na lama. Sem eles é preciso muito sacrifício e força física
para vencer pequenos obstáculos. Com os pneus adequados do tipo cross
fica muito mais fácil.
A calibragem
correta dos pneus, vai depender do peso do piloto e do tipo do terreno.
Com lama e barro deverá ficar mais vazio, no chão duro e com bastante
pedras deve ficar mais cheio. Sugerimos inicialmente que utilize 15
libras no pneu dianteiro e 13 libras no traseiro.
Ainda
é interessante promover um “emagrecimento” da moto, substituindo os
aros originais por componentes de alumínio, retirada da bateria e peças
dispensáveis, como suporte e pedaleira da garupa e eventuais
protetores “mata-cachorro”. A bomba de lubrificação, no caso dos
motores 2 tempos, pode ser retirada, fazendo a mistura diretamente no
tanque de gasolina. E o escapamento pode ser trocado por um de descarga
mais livre, desde que não produza muito ruído para não agredir a
natureza e terceiros.
Finalizando,
pode-se incrementar a moto instalando alguns acessórios que ajudam na
hora do sufoco, por exemplo, um pequeno pedaço de corda amarrado nas
bengalas dianteiras para ajudar a desatolar a moto e outro pedaço
amarrado na traseira (caso não tenha bagageiro). Os pedais de freio e
cambio podem ser substituídos por pedais dobráveis (caso o componente
original da moto não o tenha). Um guidão de alumínio reduz o peso e
mais resistente a tombos.
- MOTO ESPECIAL (Motos importadas)
Estas
motos já são preparada para fazer trilha, não precisa retirar e nem
colocar nenhum componente. Somente é necessário a regulagem da
suspensão em função do tamanho e peso do piloto e a carburação deverá
ser adaptada ao uso do combustível brasileiro.
- MANOBRAS BÁSICAS NAS TRILHAS
São
muitas as técnicas para pilotar no fora-de-estrada, mas algumas dicas
básicas ajudam a entender-se com a moto para dar inicio ao verdadeiro
aprendizado. O ideal é os treinos constantes, evitando ficar muito
tempo longe das trilhas para não “enferrujar”. Como em qualquer outro
esporte, a prática e os treinos tem muito a ver com os resultados
finais.
Os principais obstáculos enfrentados nos ENDUROS são
· Subidas:
podem ser enfrentadas de duas formas. Nas subidas curtas, o piloto
pode ficar sentado, com o corpo inclinado para frente e pegar embalo
para vencer a inércia. A segunda técnica para longas subidas em pé na
pedaleira, com o corpo para frente, controlando a aceleração para não
levantar a roda dianteira.
· Descidas:
a principal advertência não deixar a moto derrapar com a roda
dianteira. O corpo deve ficar para trás, forçando o guidão com as mãos.
Em descidas lisas ou molhadas deve-se ter cuidado com o uso do freio
dianteiro para evitar o travamento.
· Riachos:
nem sempre é possível ver o fundo dos riachos e o maior prejudicado
será o primeiro piloto a atravessar, porque terá que achar literalmente
o caminho das pedras. É importante não deixar a água atingir o filtro
de ar, nem deixar a moto cair no rio. Para facilitar a visão do piloto
pode-se ficar em pé nas pedaleiras e mesmo que pareça refrescante, não
deve passar muito rápido pelo riacho porque pode ter uma pedra ou
tronco submerso. A dica é, se o riacho tiver partes clara e escura,
esta ultima significa mais fundo, e também se partes do riacho tem
correnteza é o local mais raso.
· Cavas: são
erosões formadas por enxurradas que às vezes são tão grandes que quase
escondem a moto dentro. Nas cavas grandes preciso tomar cuidado para
não entortar os pedais de câmbio e freio. Nem sempre a moto e as pernas
do piloto cabem, é preciso “caminhar” com os pés fora da cava e a moto
dentro.
· Atoleiros: não
existem muitas técnicas especificas, mas vale uma dica importante.
Antes de encarar o atoleiro de uma boa olhada em volta para procurar um
caminho alternativo. Outra boa dica atravessar o atoleiro a pé,
procurando lugares mais firmes para passar. O embalo é essencial, pelo
menos irá vencer boa parte do atoleiro na velocidade. No caso da moto
atolar não adianta nada ficar acelerando, pois a moto afunda mais. Desça
da moto e mãos a obra.
· Troncos caídos:
neste momento é necessário uma “empinadinha” na roda dianteira para
passar a frente da moto, quando o protetor do Carter bater no tronco, a
moto deverá ser inclinada para frente e com a ajuda do corpo a roda
traseira encosta-se ao tronco, então basta acelerar. A mesma técnica
vale para pedras grandes no meio do caminho.
- QUEBRA GALHOS
Ficar
no meio de uma trilha com problemas como um manete quebrado, um pneu
furado, uma corrente partida é sempre desagradável. Teoricamente, todos
os problemas são contornáveis desde que o piloto tenha um mínimo de
conhecimento mecânico, ferramentas e peças sobressalentes.
Começando
pela parte mecânica, o Endurista deve se preparar levando uma pequena
mochila tipo “enduro bag”, com os seguintes equipamentos:
* Ferramentas originais da moto,
* Um alicate de uso comum e uma de bico,
* Um canivete,
* Equipamentos para prender, tais como; braçadeiras de plástico, arame, pedaços de câmara de pneu e elástico,
* Emendas de corrente,
* Kit para reparo de pneu e/ou reparador instantâneo de pneus,
* Vela de ignição,
* Manetes de freio e embreagem.
* Um alicate de uso comum e uma de bico,
* Um canivete,
* Equipamentos para prender, tais como; braçadeiras de plástico, arame, pedaços de câmara de pneu e elástico,
* Emendas de corrente,
* Kit para reparo de pneu e/ou reparador instantâneo de pneus,
* Vela de ignição,
* Manetes de freio e embreagem.
Para as “peças sobressalentes” a lista pode aumentar de acordo com a disponibilidade do piloto em transportar bagagem.
Para
começar, pode-se instalar no guidão um manicoto a mais de cada lado
para substituir rapidamente o original em caso de quebra.
Juntos
aos cabos originais de freio, embreagem e acelerador podem ser fixados
com elásticos cabos de reserva seguindo o mesmo caminho do original.
Outra
dica ter sempre um pedaço de corda para ser rebocado, caso a moto não
tenha conserto, que pode ser “bem fixada” na própria moto.
Dica quente:
Se você costuma fazer manutenção da moto, procure usar sempre as
ferramentas que leva na “bag”. Assim você irá descobrir se falta ou
sobra ferramentas na “bag”, e também se elas estão funcionando. Assim
não terá supressas quando for utilizar nas trilhas ou no enduro.
- ROTEIRANDO
Para
o Endurista saber o caminho a seguir, ele recebe uma planilha com o
roteiro do caminho e trilha a ser seguido. Nesta planilha existem cinco
colunas, com as seguintes informações:
1. Na primeira estão assinaladas as distancias em Km em múltiplos de 10 metros (normalmente).
2. Está o desenho (tulipa) da referencia a ser seguida. Na tulipa a posição do Endurista é representada por uma bolinha e a direção a ser seguida é indicada por uma seta, sendo que todas as possíveis variações como: trilhas, ruas, postes e árvores, também são representadas.
3. Na terceira coluna está a média horária para aquele trecho. Nesta coluna pode existir a indicação de duas médias. A superior (maior) é a média para tempo seco e a inferior (menor) é a média para o caso de chuva. Estas duas médias também podem ser utilizadas para categorias diferentes, tais como Máster e Sênior é a media mais alta e o Junior Novatos é a mais baixa.
Ainda nesta coluna poderá ter as letras “D” e “N”, D indica o tempo de deslocamento deste trecho e N indica que é um neutralizado (descanso).
4. A quarta coluna indica o tempo acumulado de duração da prova em horas, minutos e segundos, se existir duas médias aparecerão os dois tempos acumulados.
2. Está o desenho (tulipa) da referencia a ser seguida. Na tulipa a posição do Endurista é representada por uma bolinha e a direção a ser seguida é indicada por uma seta, sendo que todas as possíveis variações como: trilhas, ruas, postes e árvores, também são representadas.
3. Na terceira coluna está a média horária para aquele trecho. Nesta coluna pode existir a indicação de duas médias. A superior (maior) é a média para tempo seco e a inferior (menor) é a média para o caso de chuva. Estas duas médias também podem ser utilizadas para categorias diferentes, tais como Máster e Sênior é a media mais alta e o Junior Novatos é a mais baixa.
Ainda nesta coluna poderá ter as letras “D” e “N”, D indica o tempo de deslocamento deste trecho e N indica que é um neutralizado (descanso).
4. A quarta coluna indica o tempo acumulado de duração da prova em horas, minutos e segundos, se existir duas médias aparecerão os dois tempos acumulados.
A
primeira coisa a fazer para roteirar é aferir o odômetro da moto. Para
isso, utilize o trecho indicado pela organização ou as primeiras
referências logo no inicio da prova para saber quais as diferenças
entre o odômetro da sua moto e da moto utilizada no levantamento da
prova. Outra observação importante “zerar” o odômetro nos locais exatos
indicados na planilha.
O resto observar atentamente as indicações e compara-las com a situação real.
NAVEGANDO
Para
o piloto ganhar provas de enduro de regularidade, ele deve além de
pilotar bem a moto, roteirar sem se perder e principalmente andar
dentro do tempo na prova para zerar os PCs, ele poderá utilizar
máquinas especiais de navegação e ou utilizar odômetro mecânico,
cronômetro e a planilha.
NAVEGANDO COM O CRONÔMETRO.
Em
provas que não é possível utilizar as máquinas ou se o piloto não a
possui, existe maneira de navegar realizando alguns cálculos
manualmente e utilizando dois cronômetros.
Daremos dicas de como navegar sem as máquinas.
Vamos lá:
Daremos dicas de como navegar sem as máquinas.
Vamos lá:
Por
determinação do regulamento de Enduro de regularidade e também para
facilitar as contas, todas as médias no enduro de regularidade são
divisíveis por três (3), por exemplo 12, 21, 36, 45 e assim por diante.
Então
para encontrar o valor em metros/minuto, deve-se multiplicar a media
por cem (100) e depois dividir por seis (6). Exemplo: para saber
quantos metros por minuto deve-se andar com a média 27 Km/h, o cálculo é
27 x 100 / 6 que resulta 450 metros por minutos(m/min). Existem outras
formulas, porém esta é a mais simples para este tipo de situação.
Então,
utilizando dois cronômetros : um para registrar o tempo acumulado da
prova inteira (dispara na largada e não mexe mais); e outro para marcar
os tempos parciais em cada trecho.
Depois
de fazer a cálculo conversão de metros por minuto, que no nosso
exemplo é , 450 Mt/min, o piloto aciona o cronômetro parcial nas
mudanças de media e/ou quando zera o odômetro, tudo isto baseado na
planilha juntamente com o odômetro. Para você não precisar fazer o
cálculo toda vez, existe uma tabela que corresponde a média horária com
metros por minuto, que você pode fixar na moto para facilitar a
navegação.
EXEMPLO 1:
Vamos
um exemplo prático: Você está iniciando uma prova e disparou os dois
cronômetros (total e o parcial) e é claro zerou o odômetro, a media é
27 por hora, conseqüentemente é 450 Mt/min. No primeiro minuto da prova
e do trecho dever marcar 450 metros no odômetro, em dois minutos o
odômetro deve estar com 900 m, no terceiro 1350 m, e assim por diante.
Nos 1500 m é para zerar o odômetro, na planilha vai estar o valor tempo
ideal de prova que você confere com o cronômetro total. Suponhamos que
você está no tempo ideal, o novo trecho é 36 por hora (600 metros por
minuto), então você zera o odômetro e o cronômetro parcial (dispara), e
quando o primeiro minuto do cronômetro parcial aparecer você deverá
ter andando 600 m/min.
Bom, se você
andar sempre no tempo isto é tranqüilo, porém, tem um pequeno
probleminha, se houver mudança de média horária sem zerar o odômetro a
coisa fica mais complicada, é ai tem que ter boa memória. Quando a
média horária muda sem zerar o odômetro, você deverá zerar e disparar o
cronômetro e subtrair o valor do odômetro atual com o valor que estava
quando mudou de media, para saber quantos metros você andou neste
trecho para comparar com os minutos do cronômetro parcial. Ufa…..
EXEMPLO 2:
Na
planilha mostra que no Km 2,75 deverá ser mudado de media para 21 Km/h
(350 Mt/Min) supomos que você está no tempo, então você zera e dispara
o cronômetro parcial, quando passar um minuto no cronômetro deverá
estar marcando no odômetro 3,10 Km (2,75 mais 0,35). Continua
utilizando está formula até que seja zerado o odômetro,
Nos
enduros em que a planilha tenha todos os tempos calculados (acumulado)
por referencias (tulipa), fica mais fácil porque é só conferir o tempo
acumulado da planilha com o cronômetro geral da prova. Porém se
existir um longo trecho em Km sem referencia na planilha você fica sem
saber se está no tempo. Para isto utiliza-se o outro cronômetro com as
dicas que foram explicadas.
Parece ser complicado, nem tanto é só navegar para ver.
NAVEGANDO COM MÁQUINA.
Como
explicado anteriormente é possível navegar sem o uso de máquinas,
porem o uso delas simplifica bastante a navegação e muitos Enduristas
atualmente utilizam calculadoras e máquinas especiais preparadas para
esse fim (HP compass, etc ) que facilitam mais ainda a pilotagem. Estas
calculadoras/máquinas são preparadas para fornecer o máximo de
informação para o piloto, tais como, o quilometragem, se está adiantado
ou atrasado, tempo de prova número do trecho e etc.
Estas
máquinas são conectadas no cabo do odômetro através de um sensor que
transforma a rotação mecânica do cabo em pulsos elétricos, e assim um
certa quantidade de pulsos representa a metragem percorrida da moto.
Certos modelos de maquinas utilizam sensor eletromagnético na roda
dianteiro, colocando o imã na roda e o sensor na bengala e cada volta
da roda representa uma certa distancia percorrida. Existem pilotos que
utilizam os dois sistemas de navegação ao mesmo tempo, para se precaver
de possíveis falhas durante a prova de enduro.
As maquinas utilizam normalmente baterias de 9 ou 12 volts.
O
uso destas máquinas requer um trabalho adicional antes das provas, é
necessário carregar todos os inícios de trechos e mudanças de medias
horárias que estão na planilha. Normalmente a planilha é entregue a
noite um dia antes da prova, e dai o piloto precisa digitar dos dados.
Este trabalho fica simplificado se a organização da prova ou algum
piloto já carregou a máquina, é possível copiar os dados de uma maquina
para outra, mas cuidado somente as ultimas versões das maquinas é que
possui esta facilidade. Tem mais um detalhe, se a prova possuir mais de
uma média horária em diferentes categorias, o piloto só pode copiar os
dados da máquina que possui a mesma média horária (categoria).
A
escolha do tipo/marca da máquina de navegação depende do gosto e do
bolso de cada piloto. Conversar com os pilotos mais antigos que tem
estas máquinas é uma boa dica.
PRANCHETA OU ROAD BOOK:
As
motos trail ou especiais devem instalar a prancheta ou Road Book no
guidão para fixar a planilha. O Road Book é o mais indicado, por que
facilita para o piloto, ficando a planilha continua (lingüição), sem
precisar ficar destacando as folhas (às vezes você destaca duas folhas
juntas durante uma prova e ai…), e também evita umidade na planilha por
causa da chuva, cerração, rios, lama e a própria umidade nas trilhas.
DICAS PARA O ENDURO
* No ENDURO deve-se seguir a planilha, de acordo com a sua própria interpretação, e não a dos outros. Não siga os outros.
* Muita atenção nas referências, pois a sua precisão pode ser “+” ou “-” 10 m, no campo de observação.
* Se fixação das folhas na planilha for através da prancheta, elas deverão ser prezas por elástico de dinheiro ou outro tipo que seja fino e bastante resistente. A utilização de um elástico para cada folha é recomendado para facilitar muito na mudança de página. O IDEAL é a utilização de roadbook elétrico.
* Não exija muita da moto. Não insista nos sufocos acelerando em você. Aprenda a poupar a moto durante a prova e ha se poupar também. Para os dois concluírem “inteiros” a prova.
* Utilize um relógio e um cronômetro em separado. Os botões do cronômetro devem ser protegidos para evitar que o piloto, mato ou tombos travem sem querer.
* A hora do relógio deverá ser acertado com a organização da prova.
* Ler com atenção o Regulamento Complementar de cada prova, pois é lá que é definido coisas do tipo:
- Local e hora de largada e chegada;
- Se haverá PC de largada e chegada;
- Local e hora do resultado;
- Abastecimento (quilometragem).
* Muita atenção nas referências, pois a sua precisão pode ser “+” ou “-” 10 m, no campo de observação.
* Se fixação das folhas na planilha for através da prancheta, elas deverão ser prezas por elástico de dinheiro ou outro tipo que seja fino e bastante resistente. A utilização de um elástico para cada folha é recomendado para facilitar muito na mudança de página. O IDEAL é a utilização de roadbook elétrico.
* Não exija muita da moto. Não insista nos sufocos acelerando em você. Aprenda a poupar a moto durante a prova e ha se poupar também. Para os dois concluírem “inteiros” a prova.
* Utilize um relógio e um cronômetro em separado. Os botões do cronômetro devem ser protegidos para evitar que o piloto, mato ou tombos travem sem querer.
* A hora do relógio deverá ser acertado com a organização da prova.
* Ler com atenção o Regulamento Complementar de cada prova, pois é lá que é definido coisas do tipo:
- Local e hora de largada e chegada;
- Se haverá PC de largada e chegada;
- Local e hora do resultado;
- Abastecimento (quilometragem).
- Filtro de Ar

É necessário lubrificar o filtro de ar com óleo para que tenha uma filtração apropriada.
O filtro de ar é praticamente o espelho da vida útil do seu motor.
O filtro de ar é praticamente o espelho da vida útil do seu motor.
** Como usar:
1 - encharque-o com óleo diesel ou querosene.
2 - Esprema-o até sair praticamente todo diesel ou querosene derramado, deixando-o somente umedecido por inteiro.
3 - Encharque-o novamente com óleo de motor (BR, Shell etc.) ou específico de filtro.
4 - Esprema-o novamente para tirar o excesso e estará pronto para o uso.
1 - encharque-o com óleo diesel ou querosene.
2 - Esprema-o até sair praticamente todo diesel ou querosene derramado, deixando-o somente umedecido por inteiro.
3 - Encharque-o novamente com óleo de motor (BR, Shell etc.) ou específico de filtro.
4 - Esprema-o novamente para tirar o excesso e estará pronto para o uso.
** Como limpar:
Podem ser lavados com óleo diesel, querosene e gasolina, porém com o último, o filtro tem uma vida útil reduzida, apesar de grande resistência que possui. Os líquidos deverão ser derramados de dentro pra fora para que as partículas e micro partículas sigam o trajeto contrário.
Podem ser lavados também com água e Omo Líquido, dá mais trabalho e nem sempre pode ser feito na pista. Faça em casa que vale a pena, pois será recompensado na durabilidade do filtro e do seu motor. O líquido deverá ser derramado de dentro para fora, e após limpo deve-se tirar totalmente a água se possível deixar ao sol por 50 minutos.
Podem ser lavados com óleo diesel, querosene e gasolina, porém com o último, o filtro tem uma vida útil reduzida, apesar de grande resistência que possui. Os líquidos deverão ser derramados de dentro pra fora para que as partículas e micro partículas sigam o trajeto contrário.
Podem ser lavados também com água e Omo Líquido, dá mais trabalho e nem sempre pode ser feito na pista. Faça em casa que vale a pena, pois será recompensado na durabilidade do filtro e do seu motor. O líquido deverá ser derramado de dentro para fora, e após limpo deve-se tirar totalmente a água se possível deixar ao sol por 50 minutos.
- Importância da Musculação no Enduro
Professor Roberto Carlos Barrera Garcia.
Especialista em Fisiologia do Exercício
Mestrando em Ciências do movimento Humano UDESC
Preparador Físico e Personal Trainer
E-mail: fisioex@gmail.com
Especialista em Fisiologia do Exercício
Mestrando em Ciências do movimento Humano UDESC
Preparador Físico e Personal Trainer
E-mail: fisioex@gmail.com
É
indiscutível, para quem já conhece e sabe o que são longas horas de
Enduro, a necessidade de uma boa condição física e resistência muscular
para nosso esporte. Muitas vezes esquecemos-nos de fazer, por exemplo,
ate um bom alongamento da musculatura antes de encarar a trilha. Isto
acontece por desconhecimento dessa necessidade ou por simples preguiça e
vontade de rodar logo.
A
necessidade de uma boa preparação física culmina em dois aspectos
fundamentais: um é o controle da moto; sabemos quanto pesa e quanto é
forte nossa moto, assim como sabemos quanto acidentado é o terreno onde
praticamos o enduro. Sob essas condições, nosso corpo sofre e esta
exposto a todas estas variáveis, devendo suportar grandes cargas
físicas que demandam uma enorme quantidade de energia. Outro aspecto a
considerar é o estresse das quedas; uma boa preparação física vai
fortalecer tanto articulações quanto músculos e ossos, prevenindo
fraturas, estiramentos, e luxações articulares.
O que devemos fazer?
Se
você já faz academia esta no caminho certo, e se não faz, seria bom
começar. Agora, procure especificidade nos seus treinamentos. Se você
pratica enduro final de semana o cada 15 dias e faz academia com fins
saudáveis pelo menos três vezes por semana, destine ao menos um destes
dias, para trabalhar a musculatura especifica envolvida na pilotagem.
Qual a musculatura que devo treinar?
De
forma empírica sabemos qual musculatura sofre mais na pilotagem, todo
mundo alguma vez sentiu, por exemplo, fadiga nos antebraços. Desta
forma, vou mencionar alguns músculos com maior demanda na pilotagem:
-
A base da estabilidade sobre a moto esta coordenada pela musculatura
media do corpo, ou seja, musculatura abdominal e paralombar.
-
O controle da moto nas curvas e saltos esta mediada pela força das
pernas. Por tanto o quadríceps, os adutores são os principalmente
solicitados.
- Na direção estão
envolvidas todas as musculaturas e articulações dos braços, desde os
ombros ate as mãos trabalhando sinergicamente com a musculatura
peitoral e dorsal; quando puxamos o guidão as costas e os bíceps são,
maiormente solicitados. Quando precisamos frear ou nas quedas, após um
salto, a musculatura peitoral e tricipital trabalham de forma a
amortecer os impactos.
Resumindo,
podemos dizer que o enduro é uma disciplina que envolve todos os grupos
musculares, principalmente a musculatura maior, ou seja, pernas e
tronco. A partir deste ponto de vista, deveríamos treinar musculação de
forma integral, mas priorizando o trabalho da musculatura lombar, da
musculatura das pernas, sobretudo as coxas e por outro lado a
musculatura dos braços. Escolha exercícios gerais, como agachamento,
supino e puxada. Trabalhe as pegadas de forma similar às condições
posturais da moto, por exemplo: no supino e na puxada, faça a abertura
das mãos da largura do guidão; o agachamento afastando os pés na
posição “de pé na moto”; e trabalhe os antebraços com exercícios de
flexão.
O treinamento aumentará sua
performance sobre a moto e lhe permitirá desfrutar de trilhas mais
longas e de topografias mais acidentadas, tornando nosso esporte do
enduro mais divertido.
E por
ultimo, não esqueça a mobilidade articular e os alongamentos durante o
treinamento. Da mesma forma, sempre faça um leve aquecimento junto com
alongamentos prévios à competição ou aventura de enduro.
- Confira mais algumas dicas na imagem abaixo…

Eu Vi Aqui: Original por TCM - Trail Club Miracema
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