“Formei biólogos chocólatras”, orgulha-se o fotógrafo oficial
Para que aula de biologia, se havia
chocolate? A fonte de conhecimento sobre fauna de parte da geração anos
80 foi o chocolate Surpresa, da Nestlé. Os tabletes com animais em
alto-relevo traziam cartões com imagens e fichas das espécies. Quatro
séries foram feitas pelo fotógrafo Luiz Cláudio Marigo,
que dedicava até um ano de trabalho em cada uma. “Eu queria bichos
interessantes, ameaçados de extinção, não pets”, conta. Luiz assinou as
coleções Amazônia, Campos e Cerrados, Os Sertões (“A Nestlé não quis o
nome Caatinga, pois significa mau cheiro”), Litoral e Ilhas Oceânicas.
Depois a multinacional preferiu temas como Cães de Raça e Viagem
Espacial. “Uma pena, perderam o cunho educativo. Natureza é mais
importante do que cachorrinhos,” postula. “Até hoje recebo e-mails de
gente que começou a estudar biologia por causa do chocolate. Tenho
orgulho de ter criado biólogos chocólatras”. Questionada sobre porque a
educativa guloseima foi extinta, a Nestlé veio com uma estranha...
Surpresa: “a linha não deixou de ser fabricada, é comercializada como
ovo de Páscoa, com personagens como Moranguinho, Toy Story e Meninas
Superpoderosas”.
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